13 março, 2005

In Crisis

Estou em crise. Adoro meu trabalho, mas me sinto sub-aproveitada. Quer dizer, na verdade, se aproveitam de mim lá no trampo. O que quero dizer é que posso fazer mais do que faço atualmente. Sinceramente acho que esta profissão que adotei não tem muito futuro, fora que é extremamente estressante. Não me vejo fazendo isso durante muito tempo, sabe? Além disso, já ouvi muitas pessoas me perguntando o que eu estou fazendo trabalhando em revista. Essa semana especialmente pensei sério sobre o assunto. Está na hora de mergulhar de cabeça, sabe? Deixar de ficar andando em círculos. Confesso que me dá um certo medo, mas ao mesmo tempo, como a minha grande amiga Dani me disse, não temos filhos, muitas contas para pagar... a hora é agora. O que mais me assusta é que não sei por onde começar, que decisões tomar e isso me frustra. Será que devo começr o mestrado, viajar? Não sei de mais nda. Só sei que não estou satisfeita ou totalmente feliz. Se é que isso existe de verdade.

Um comentário:

Anônimo disse...

O jogo da memória, faz do tempo uma miséria. A sombra da árvore caída; a artimanha da risada para ser mais feliz. Aquele momento que o peso salienta a perda..!.. Faz das lembranças o seu porto seguro, e não mais olhes para o que veio a te ferir. Junta todas elas, e as guarda. E com o tempo, se ele for bondoso, deixará elas sobreviverem, mas enquanto há dúvida, chame-as, grite, e saiba que ela sempre terminará com a densidade e te mostrará o vínculo. Jamais, jamais, jamais, jamais, fuja das dúvidas. Jamais. Como a árvore que jamais foge do sol. Como a onda que jamais desiste de alcançar as palmeiras. Vem e te procura, te procura e te mostra, te mostra e te construa, te construa e ajude. E aos poucos entende, até onde for capaz, que dores também constróem, assim como o olhar demostra; se aos poucos não for possível, olhe para cima, para baixo, para os lados e tente de uma só vez. Se não for capaz tente outra vez. E se em algum momento, por mais momentâneo que ele seja, sentir o desespero chegar, acalma-te, que é apenas uma cilada para te fazer desistir, mas, mas, mas, mas, jamais fuja. Porque mesmo macacos velhos caem das árvores. O que vai, volta, e o que volta, vem. Se não fizer mais sentido, é porque não há mais dúvida, se não há mais dúvida, não há mais curiosidade, então apronta-te: a fronteira vai mover. Se não mover, é mais uma dúvida a ser esclarecida. Então procura a verdade e não a confunda com a realidade. Muitos se apressam e quando chegam se desesperam. Arquitetam desculpas e cenários para aliviar a culpa. Seja sempre o primeiro e ao mesmo tempo seja sempre o último. Guarda para ser guardado. Não faça do olhar um peso e sim ajuda. Projete, e aonde for divulgue, não importa como. Estique o braço que os dedos vão alcançar, olhe para trás que o coraçao olha para frente. E quando as lágrimas cairem, recolhe-as e compartilhe-as. Não ti sufoques.